O pouco que li no domingo teve figurinhas. Opium, de Daniel Torres, e Ragú, de um coletivo pernambucano.
Opium conta as desventuras de um arrogante apresentador de tv com pretensões messiânicas chamado Ruben Plata e seu sofrimento nas mãos de Sir Opium, um gênio do crime. E que gênio do crime: todos os seus planos dão certo, mesmo quando o herói idiota acha que triunfou. A história é legal, apesar de um pouco repetitiva. Mas o melhor são os desenhos: a arte de Torres é fantástica. As cores chapadas e o desenho super-estilizado dão um efeito retrô, ao mesmo tempo que o cenário é futurista. Tipo "Terminal City".
Ragú é uma antologia pernambucana. Uma penca de autores - escritores, poetas e desenhistas - conseguiram apoio de algumas empresas e lançaram uma revista em p&b muito bem feita. As histórias variam muito, como toda antologia. Tem umas coisas meio políticas - tipo Bundas - que achei bem fraquinhas e tal, mas outras coisas são fantásticas. "Morangos Negros", do Amaral; "A História de K" (baseada em "A Metamorfose"), de Igor Medeiros e Mascaro; "Fechado para Balanço", de Miró e Flavão e "H2 Love", de Miró e Mascaro são ótimas.
Tenho dois números, mas saíram três. Do terceiro só me lembro de uma história de um cara para quem a cidade sempre mudava. Não me lembro de quem era...
Se você quiser saber mais ou encomendar a Ragú: raguhq@zipmail.com.br ou 81-423-4653. (RSF)